Você sempre chega, surpreende, rouba de volta a parte de mim que eu havia te dado. Você me anima, me encanta e me vicia. E de repente, você vai embora e leva consigo aquela parte de mim. E eu fico de novo tentando entender porque. Que nem uma idiota. Demora, mas uma hora eu percebo que eu tenho que reconstruir aquela parte de mim que você roubou. Devagar e pacientemente, eu me completo mais uma vez. Me preparo de novo. E o ciclo recomeça. Quantas vezes você não fez isso comigo? Virou meu problema eterno. De alguma forma eu não consigo quebrar o ciclo, como uma idiota esperando pela mudança. Eu acredito nas suas desculpas, nas suas explicações, nas suas ceninhas de vítima. Burra.
A verdade é que agora já deu. Você teve bilhões de chances. E todas você jogou fora. Não me perguntou se eu aceitava, não teve nem coragem de arranjar uma briga qualquer pra justificar-se. Não. Você só jogou fora sem me explicar. Me deixou no silêncio. E quando eu me lembrava de você, não tinha nada ruim pra lembrar, porque você fez tudo perfeito, sem erros. Mas eu cansei.
Agora, eu quero você como você me quis. Amigos. Cinemas, restaurantes, até de mãos dadas eu ando se você quiser. Mas no fim do dia, eu não vou ligar pra você. Porque você perdeu sua chance (suas chances, na verdade). Dessa vez, eu ligo pra outra pessoa, pra alguém que não vai me fazer o mal que você fez. E você vai finalmente perceber que já era.
E vai sumir de novo...
Mas vê se demora pra aparecer, dessa vez.
Um comentário:
It was about time for you to write him.
Let him come back, M. Maybe it will be the last time, and lasts times have to stay with us forever.
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