quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sitting, waiting, wishing

Andava em círculos. Deitava na cama. Dormia. Acordava assustada.
Tanta coisa a ser feita e você dorme? Acorda. Vamos, levante.
Andava exausta. Andava esperando. Esperando resultados, esperando datas, esperando os outros.
Era impaciente por natureza, não gostava e não aceitava ficar 5 minutos aguardando nada. O que não chegava até ela, ela mesma se dava. Pessoas? Esperava apenas por aquelas que lhe eram cruciais, importantes ou extremamente especiais. Exigia-se muito para fazer parte desse seleto grupo.
Mas lá estava ela, esperando. Odiando-se a cada segundo mais por se submeter a isso. E pra que? Por quem? Não, havia dito que nunca faria isso. Nunca seria a garota que olha o celular a cada 5 minutos. Não seria neurótica que passa mal no dia anterior. Não sentiria as idiotas borboletas. Não. Não se sentiria mal pela má sorte, sentiria-se mal por não ter tido um plano para aquela situação. Não seria ingênua.
Erro. Foi ingênua ao achar que não seria ingênua.
Hora de trabalhar. Não conseguia. Concentração? Foi embora. Raiva, sentia que haviam lhe roubado o foco. Sentia inveja do passado por não ter a antiga determinação. Andava em círculos. Trocava a música como alguém que sofre TOC.
Qual era seu problema? Por que sentia tanta necessidade daquilo? Por que abaixou a guarda e se deixou atingir? Pra que? Desejava tanto assim ser lembrada? Desejava tanto assim saber que foi lembrada?
O celular acendeu. Congela o momento. Sai correndo para ver. Pára no meio do caminho. Não, não aja que nem uma desesperada. Você não precisa disso. Espera.
Ah, quem você pretende enganar?

"1 mensagem nova de..."

Respira, sorri.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Back to December

She woke me up. I remember that. She called me at 8 am to freaking wake me up in the middle of a pretty good dream. But fine, we were going to the beach. We hadn't done that in a while. I missed it. It was our thing, the beach. We had shared a lot of stuff with you, but not this. So I dragged myself out of the bed, put on a bikini, prepared my purse, ate breakfast, left a note and went down stairs.
I saw her car after a couple of minutes. Her mom was waving. I opened the door and there you were. Smiling, ready for the beach. So was she. It's ok, I guess. She broke "our thing" but that's fine. We were now officially the inseperable 3. I could live with that.
A couple months later and we were all invited to a party. Ok, you weren't, but we made sure you went with us anyway. That party was crap. You got stuck outside waiting with me - like a big brother would - while she left us and went ahead. And when we got in we agreed that going to these parties and throwing fake smiles at people was not fun. You asked me to leave, we'd go to mcdonald's, grab something to eat, come back by the time they cut the birthday cake. I laughed and thought "I could sure see me doing that happily. It would be somewhat of an adventure - escaping and coming back unnoticed" but in the end I said no. I knew you were my invitation to craziness and you were out of control, even if you were gonna take care of me. At the same time, I knew what was right. I knew it would hurt her and we'd get in a big fight and that wasn't possible. We were the inseperable 3.
By the end of the night, I found out she didn't care that much or she wouldn't think about it as much as I did. Too bad. By the end of the night, we all screwed up. And nothing was the same.
December was easier. What happened then? Remember? It was all about talking and laughing and getting to know each other. It was about spending every second possible together. It was about taking care of each other. It was all movie-watching, ice-skating, walking-around-town and having fun. We were good at that. Having fun.
Sometimes, I go back to december. I go back and remember - in a happy, non-dramatic, way - as not to ever forget how happy those days were. As never to forget how great of a trio we were. December was simple and naive. December smiled at us and gave us a present - that eventually we broke. December was the very beginning when we all started taking the wrong routes. We were magic.
I'm sorry if we screwed it up.
You didn't deserve it.

Make it all right

Tratava-se de provar a si mesma que o sentimento presente desde o começo de toda aquela história não era verdade.
Tratava-se de provar a si mesma que não havia erro no que ela havia escolhido.
Tratava-se de provar a si mesma que apesar de toda a diferença, existia semelhança.
Tratava-se de provar a si mesma que não deveria se arrepender.
Tratava-se de provar a si mesma que formavam um bom time, apesar de tudo.
Os olhares, os sorrisos, os comentários, os tabus, era tudo evidente. Nesse time sempre foi evidente. Deixava lugar a dúvida se aqueles seriam sempre aqueles. Deixava lugar a dúvida se aqueles aguentariam o futuro.
Sabia mais que os outros a vulnerabilidade de toda a relação. Entendia seu papel no time e não iria ultrapassá-lo. Controlaria todas as diferenças, diminuiria a tensão, fugiria dos assuntos perigosos. Secaria lágrimas, contaria histórias sem graça, tiraria fotos, marcaria encontros e fingiria conforto. Testaria até quando isso duraria, até quando o time seria um time. Afinal, havia só um jeito de descobrir.
Era muito parecido com andar numa corda bamba. Era puxada dos dois lados mas precisaria de ambos para ficar em pé. O problema era a luta silenciosa entre os lados. Difícil entender como dois vértices podem ser tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo.
Precisaria ignorar as perguntas se quisesse acreditar. Parecia perfeito visto de fora. De dentro, a dúvida e a insegurança reinava. Acordava diariamente, subia na corda e vestia uma mascara. Fim do dia: descia da corda, retirava a mascara, olhava no espelho - olá, dúvida, olá, insegurança, olá, saudade, olá, ansiedade, olá, medo - e deitava na cama.
Era preciso sanidade mental, calma, tempo e energia. Tudo que faltava nela ultimamente. Era preciso uma ponte no lugar de uma corda. Era preciso certezas e não dúvidas. Era preciso apoio, e não desequilibrios.
Era preciso segurança.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Torn.

Endless corridors. Hurtful screaming. Grey.
Tremble. Anger. Tear.
Make it go away. Make it come back.
Don't know if you wanna let go or keep going.
Joke. Smile. Hug. Love. Color.
Leave. Need more. Miss.
It's not enough. Cry.
Darkness. Madness.
Running out of time. Running out of patience. Running out.
Running away. Wanting to run away.

Exhaustion.

domingo, 10 de outubro de 2010

Mine

Você é meu. Meu querido. Nunca eu vou conseguir fazer com que você entenda o quão inocente e sincero é esse sentimento. Só posso dizer que me arrependo de não ter sido tudo que eu poderia ter sido. De talvez ter te decepcionado. De ter criado expectativas. Mas, meu querido, você sempre estará comigo. No dia que alguém te magoar, garanto, terão o meu maior desprezo. Você será pra sempre o meu protegido. Meu adorado. Queria ter sua paciência, sua alegria. Queria ter seu humor, sua animação. Queria ter sua genialidade, sua determinação. Todas essas características, que são suas e somente suas, me fazem sorrir de orelha a orelha. E meu querido, quando eu estou brava, nunca leve a sério demais. Jamais ficaria brava com você. Não sou capaz disso. E se estiver tentando torturá-lo da minha forma infantil, acredite, no fundo estou me torturando também. Minha alegria. Não precisamos falar quando estamos juntos. Estar com você é reconfortante. Sua companhia já transforma meu dia. Seu abraço me diz que vai estar tudo bem, sempre terei você. Vivo para ouvir sua próxima piada idiota. Meu porto. Não sei o que será de mim ano que vem. Sem seus abraços e suas piadas pra me alegrar. Sua continua necessidade de fugir desse assunto me deixa nervosa e ansiosa. Terei que me acostumar com sua ausência depois de tantos anos me acostumando com sua presença. Sei me despedir, aprendi com o tempo, mas esqueci que um dia ia ter de me despedir de você. Não sabia, 4 anos atrás, que ganharia você de presente. Sentirei sua falta, e acho que você não sabe disso. Ou não sabe o quanto. Sentirei sua falta, e é o único motivo pelo qual quero que o tempo pare. Sentirei sua falta, e isso me deixa triste.

Sentirei sua falta, meu querido.